
Mudar é imprescindível! Mas dá um tremendo trabalho!
Mudar de casa é uma verdadeira revolução! Um “passar a limpo” a história guardada em cada porta de armário, em cada caixinha dentro de outra caixinha que guarda lembranças que já não sabemos se ainda queremos guardar.
Tira-se tudo do lugar !
Cada objeto que passa pelas nossas mãos revelam memórias contidas provocando as mesmas emoções. Ora um riso solto, ora um choro... E de novo escolhemos o que queremos guardar. As vezes escolhemos guardar inclusive o que não nos serve mais e entulhamos nossas casas e nossas vidas sem deixar espaço para o novo. Que difícil desapegar!
Escrevo sobre isso porque estou mudando de casa, e o processo é sempre um novo parto. Dói, mesmo com toda a liberdade que possa trazer depois.
Simplesmente não dá para olhar minha história sem analisá-la profundamente do alto dos meus cinqüenta anos.
Esse novo olhar vê um outro mundo dentro da malinha de fotos em branco e preto herdada da avó e da mama. Toda a memória de minha família de origem que meus ancestrais foram capazes de registrar. Um pedaço da minha história e de todas as memórias que minhas células guardam em meu DNA. Só agora sou capaz de integrar e reconhecer em mim o que veio antes com tudo que virá a ser. E isso, eu quero guardar!
E todos os livros que comprei e não li? Espalhados pelos cantos da casa porque não cabem na estante destinada a eles. Decido passar pra frente os que já li, doar a quem precisa e não comprar mais livros antes de ler todos que já comprei e não li. Vou precisar de um bom tempo e farei a maior economia. Livros são meu maior objeto de desejo. Dessa vez esta muito difícil me separar dos meus queridos livros, eles são meus mais fiéis amigos nas horas de solidão, o espírito de sua sabedoria paira sutilmente nas vibrações do meu lar.
Aiaiai... Os últimos “vinilões” que não consegui desapegar na ultima mudança. Agora será fatal! Nunca mais olhei pra eles, sequer para limpá-los, nem tenho aparelho para ouvi-los, porque ainda resisto em deixá-los? Que energia guardo com essas canções mudas no fundo do armário? Adolescência, irreverência, inconsciência... Tudo isso ainda vive em mim...
Talvez coisas que ainda não descobri... Então, acho melhor guardar um pouco mais...
Só até a próxima mudança!
Mudar de casa é uma verdadeira revolução! Um “passar a limpo” a história guardada em cada porta de armário, em cada caixinha dentro de outra caixinha que guarda lembranças que já não sabemos se ainda queremos guardar.
Tira-se tudo do lugar !
Cada objeto que passa pelas nossas mãos revelam memórias contidas provocando as mesmas emoções. Ora um riso solto, ora um choro... E de novo escolhemos o que queremos guardar. As vezes escolhemos guardar inclusive o que não nos serve mais e entulhamos nossas casas e nossas vidas sem deixar espaço para o novo. Que difícil desapegar!
Escrevo sobre isso porque estou mudando de casa, e o processo é sempre um novo parto. Dói, mesmo com toda a liberdade que possa trazer depois.
Simplesmente não dá para olhar minha história sem analisá-la profundamente do alto dos meus cinqüenta anos.
Esse novo olhar vê um outro mundo dentro da malinha de fotos em branco e preto herdada da avó e da mama. Toda a memória de minha família de origem que meus ancestrais foram capazes de registrar. Um pedaço da minha história e de todas as memórias que minhas células guardam em meu DNA. Só agora sou capaz de integrar e reconhecer em mim o que veio antes com tudo que virá a ser. E isso, eu quero guardar!
E todos os livros que comprei e não li? Espalhados pelos cantos da casa porque não cabem na estante destinada a eles. Decido passar pra frente os que já li, doar a quem precisa e não comprar mais livros antes de ler todos que já comprei e não li. Vou precisar de um bom tempo e farei a maior economia. Livros são meu maior objeto de desejo. Dessa vez esta muito difícil me separar dos meus queridos livros, eles são meus mais fiéis amigos nas horas de solidão, o espírito de sua sabedoria paira sutilmente nas vibrações do meu lar.
Aiaiai... Os últimos “vinilões” que não consegui desapegar na ultima mudança. Agora será fatal! Nunca mais olhei pra eles, sequer para limpá-los, nem tenho aparelho para ouvi-los, porque ainda resisto em deixá-los? Que energia guardo com essas canções mudas no fundo do armário? Adolescência, irreverência, inconsciência... Tudo isso ainda vive em mim...
Talvez coisas que ainda não descobri... Então, acho melhor guardar um pouco mais...
Só até a próxima mudança!

Um comentário:
Está aí um texto com o qual me idenfiquei muito. Mudar é recordar, reviver a história de cadaa objeto.
Parabéns pela sensibilidade.
Beijos
Hélio
Postar um comentário