
Joana Carolina Paro
Faço conta, faço cheque,
Faço corpo mole, na sexta
Faço piada, faço nada,
Faço tudo errado no sábado!
No domingo, faço amor o dia inteiro,
Faço almoço, tomo um porre prá valer,
Me desfaço dos papéis, das personagens,
Me transformo eu sua puta prá você.
Nada faço na incerteza do momento.
Medo, preguiça, descaso ?
Não fazer, já é fazer o que se teme:
Abandono à própria sorte e ao fracasso.
Nem sempre faço o que quero,
Ato falho... inconscientemente erro.
Faço coisas por impulso, puro instinto
Selvagem mente, faço apenas, nada sinto!
Faço a vida ficar mais leve...
E às vezes só faço catástrofe,
Faço drama e me consumo
Com as culpas do que não faço.
Faço quase tudo que posso,
Também faço o que não posso,
E isso tudo que faço,
Faz da vida, atrevida, bem vivida no compasso.
Faço prosa, faço versos,
Traço um traço e outros traços...
Desenhando com palavras,
Os passos da dança que faço.
Agosto – 2002.
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